História em Quadrinhos

POSTADO POR HERANÇA CANDANGA ON TERÇA-FEIRA, 24 DE NOVEMBRO DE 2009

História em Quadrinhos: Nascimento de Brasília



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Fonte: Gênesis da Bíblia

Resenha

POSTADO POR HERANÇA CANDANGA ON DOMINGO, 22 DE NOVEMBRO DE 2009 

Brasília foi o sonho que se concretizou pelas mãos de milhares de homens e mulheres que vieram de todas as partes do país, principalmente do Nordeste. O sonho realizou-se por uma constelação de outros sonhos: começando por Dom Bosco, chegando até a Constituição Federal, que previa a construção de uma nova capital interiorana e inovadora, no entanto, a teoria só passou a prática por Juscelino Kubitschek.
Brasília tinha a finalidade de se tornar um símbolo de modernidade e dar início a uma Nova Era.

A cidade foi planejada para sustentar 500 mil habitantes, a arquitetura diferenciada visava espaços amplos, arborizados, com edifícios baixos, o plano de circulação de automóveis levava em conta o elemento dinâmico, as pistas seriam rápidas e sem semáforos. Mas a utopia brasiliense mostrou-se bem distante dessa realidade: o contingente populacional necessário para trabalhar nas obras não foi levado em conta durante o planejamento de acomodações, as pessoas foram aglomeradas e encaminhadas para lugares insalubres sem a menor condição de abrigar um ser humano, isso gerou as primeiras favelas e atuais Regiões Administrativas, “Cidades Satélites”, que ainda enfrentam a invasão de novos migrantes; o Plano Piloto conserva seus traços originais, todavia, o que está ao seu redor se encontra à margem da lei, fora do plano diretor de ocupação territorial (pdot); a conseqüência foi obvia, a Capital ganhou semáforos para controlar o grande fluxo de veículos que ultrapassa um milhão, existe em média um carro para cada dois habitantes, nas Regiões Administrativas o problema é mais grave, sua malha rodoviária interna fica congestionada em horário de pico e as pistas que ligam essas regiões ao Centro do Poder enfrentam engarrafamentos que só tendem a crescer cada vez mais; apesar de todos esses problemas a estrutura de saneamento básico instituída no Distrito Federal está acima da média nacional, porém, nem toda população tem acesso a esse serviço, mas a meta é garantir esse direito a todos.

Segundo Aldo Paviani, geógrafo, pesquisador associado do Núcleo de Estudos Urbanos e Regionais e do Departamento de Geografia da Universidade de Brasília (Unb) “Brasília, é um polinucleamento urbano ou uma constelação de núcleos habitacionais que conduziu à periferização de enorme contingente populacional”, ou seja, Brasília é o centro irradiante de poder-econômico-social, assim, todos os outros núcleos estão voltados para ela, sua importância vai permear a vida de todos esses indivíduos, pois desde o surgimento das cidades que habitam até os seus empregos são fornecidos por Brasília.

Para mudar essa triste realidade e aperfeiçoar o Distrito Federal é necessário começar a mudança pela base, por Brasília, ela precisa voltar ao seu estado inicial, ser sonho público para todos, mesmo para aqueles que não estão dentro de suas linhas divisórias, o governo precisa ser para nós o que JK foi para construção de Brasília, é seu dever concretizar as modificações necessárias ao progresso.

O Problema dos estacionamentos

POSTADO POR HERANÇA CANDANGA ON SÁBADO, 21 DE NOVEMBRO DE 2009 

Apesar de ser uma cidade planejada, Brasília enfrenta um problema que afeta qualquer cidade grande: a falta de estacionamentos. Cerca de 775 mil veículos circulam pelo Distrito Federal, segundo o Departamento de Trânsito (Detran-DF). Pelo menos a metade destes carros passa pelo Plano Piloto todos os dias. A grande frota afeta a tranqüilidade dos moradores das quadras e dificulta a vida de quem quer se divertir em bares e restaurantes das comerciais.




A falta de vagas e o número excessivo de veículos circulando pelas vias de Taguatinga Sul – quase 200 mil por dia, segundo o Departamento  de Trânsito (Detran) – acabam gerando incômodo também para os  pedestres. Com as calçadas tomadas pelos carros, eles têm de caminhar pelas ruas.



Vale tudo para conseguir um espaço, de preferência bem perto do destino: ocupar vagas reservadas para os bombeiros, idosos, deficientes e parar sobre o gramado ou a calçada estão entre elas. Seja pela pressa, falta de opção ou por comodidade, há quem deixe de lado o bom senso e ignore regras básicas de cidadania.
Para quem insiste em  deixar o carro estacionado em local proibido, o Detran faz um alerta. Somente no primeiro semestre deste  ano, o órgão já aplicou mais de 60 mil multas pela irregularidade. O valor varia. A infração  leve custa ao bolso do motorista  R$ 53, a mais cara pode chegar a R$ 127 e o veículo ainda está  sujeito a ser guinchado. "Só este ano, 15 mil veículos foram removidos  por cometerem infrações, muitas delas relativas a estacionamentos",  afirmou o chefe de Fiscalização do Detran–DF, Silvain Fonseca.

Trânsito no DF

POSTADO POR HERANÇA CANDANGA ON SEXTA-FEIRA, 20 DE NOVEMBRO DE 2009 

Lúcio Costa quando planejou Brasília pensava em uma cidade de tamanho limitado e muito sossegada. A inovação introduzida pelas superquadras (conjuntos residenciais com mais de 50 mil metros quadrados) e entrequadras (espaço para estabelecimentos comerciais) permitiria a integração entre homem e arquitetura, comércio local sem atropelos, largas avenidas sem semáforos e trânsito tranqüilo. "Juscelino Kubitschek pensou uma coisa muito modesta, com poucos prédios, pouca população, pouca burocracia", conta o arquiteto Oscar Niemeyer que, com Lúcio Costa, desenhou a Capital Federal. "Quando fiz o Congresso, havia 80 deputados. Previ o dobro e, hoje, são 513. Quando fiz o Palácio do Planalto, era para 200 funcionários. E está com 700."

Mesmo com avenidas largas, Brasília enfrenta problemas de congestionamento no trânsito 



"A ida ao trabalho faz com que milhares de brasilienses das diferentes regiões administrativas do Distrito Federal e de moradores do entorno se desloquem diariamente para Brasília e consigam o inimaginável há alguns anos: congestionar o tráfego da cidade. O trânsito tornou-se um problema em avenidas que chegam a ter mais de seis faixas de rolamento no mesmo sentido.

O Eixo Monumental, a Via Estrutural, a Estrada Parque Taguatinga-Guará (EPTG), a Estrada Parque Indústria e Abastecimento (EPIA) são os principais caminhos nas ligações de Brasília e absorvem grande parte do movimento de mais de um milhão de veículos registrados no Distrito Fedral.

Os problemas rodoviários de Brasília são decorrentes do crescimento, da metropolização e da “imprevidência” do planejamento posterior à instalação da capital e é preciso estabelecer novas ligações e melhorar o transporte coletivo."

Por Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil

Fonte: http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2009/04/20/materia.2009-04-20.4853842307/view
http://www.estadao.com.br/megacidades/brasilia.shtm

Dica: TV BrasiL - Reportagem sobre "Brasília além dos monumentos"

POSTADO POR HERANÇA CANDANGA ON TERÇA-FEIRA, 17 DE NOVEMBRO DE 2009


Programação

Quinta, 19 de novembro de 2009, às 22h

Brasília além dos monumentos

O Caminhos da Reportagem de quinta-feira (19) traz uma radiografia de Brasília, que está prestes a completar 50 anos de idade. Criada pelo presidente Juscelino Kubitschek e projetada pelos arquitetos Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, a capital federal continua sendo um desafio mesmo depois de quase cinco décadas. Ainda atrai imigrantes e, mesmo cercada de problemas, tem a maior renda per capta do país.

Ao mostrar a realidade brasiliense, a reportagem da TV Brasil registra que o adensamento populacional, muitas vezes desordenado, sobrecarrega o sistema público de saúde, já que moradores de cidades vizinhas de Goiás e Minas buscam atendimento no Distrito Federal. E mais: os baixos níveis de escolaridade e as condições socioeconômicas das cidades do entorno da capital aumentam os problemas com drogas e violência. Além disso, as deficiências no transporte público vêm provocando congestionamentos cada vez maiores no trânsito. Patrimônio histórico da humanidade, Brasília enfrenta, como capital dos brasileiros, o desafio de integrar contrastes tão comuns no país.

Notícias: Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

POSTADO POR HERANÇA CANDANGA ON TERÇA-FEIRA, 17 DE NOVEMBRO DE 2009

Confira os selecionados para o Festival de Brasília


Foi apresentada a seleção que será exibida entre os dias 17 e 24 de novembro no 42º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. As atividades serão realizadas nas salas Villa-Lobos, Martins Pena e Alberto Nepomuceno do Teatro Nacional Claudio Santoro, Cine Brasília, CCBB – Centro Cultural Banco do Brasil, Embracine CasaPark, Píer 21 e Cidades-Satélites do DF. Confira a lista de filmes:

Longas 35mm

1. A Falta Que Me Faz, de Marília Rocha, 80min, MG
2. É Proibido Fumar, de Anna Muylaert, 86min, SP
3. Filhos de João, Admirável Mundo Novo Baiano, de Henrique Dantas, 75min,

BA

4. O Homem Mau Dorme Bem, de Geraldo Moraes, 90min, DF
5. Perdão Mister Fiel, de Jorge Oliveira, 95min, DF
6. Quebradeiras, de Evaldo Mocarzel, 71min, SP

Curtas 35mm

1. A Noite por Testemunha, de Bruno Torres, 24min50, DF
2. Água Viva, de Raul Maciel,14min, RJ
3. Amigos Bizzaros do Ricardinho, de Augusto Canani, 20min, RS
4. Ave Maria ou Mãe dos Sertanejos, de Camilo Cavalcante, 12min, PE
5. Azul, de Eric Laurence, 19min, PE
6. Bailão, de Marcelo Caetano, 16min, SP
7. Carreto, de Marilia Hughes e Claudio Marques, 12min, BA
8. Dias de Greve, de Adirley Queirós, 24min, DF
9. Faço de mim o que quero, de Sergio Oliveira e Petronio Lorena, 20min, PE
10. Homem-Bomba, de Tarcísio Lara Puiati, 13min, RJ
11. Recife Frio, de Kleber Mendonça Filho, 23min, PE
12. Verdadeiro ou Falso, de Jimi Figueiredo, 14min, DF

Mostra Competitiva Digital

1. A Última Quinta, de Fernando Arze, 14min40, RJ
2. Apreço, de Gabriel Trajano, 18min, BA
3. Cerol, de Bruno Mello Castanho, 17min30, SP
4. De muro a muro, de Marina Watanabe e Rebeca Damian, 20min, DF
5. Dois Mundos, de Thereza Jessouroun, 19min, RJ
6. Dois Pra Lá, Dois Pra Cá, de Marcela Bertoletti, 19min , RJ
7. Ensaio de Cinema, de Allan Ribeiro, 16min, RJ
8. Inexorável, de Juliano Coacci Silva, 3min, DF
9. Lembrança, de Mauricio Osaki, 17min, SP
10. Mas na verdade uma história só, de Francisco Craesmeyer, 12min, DF
11. O canalha, de Latege Romro Filho e Rodrigo Luiz Martins, 13min, DF
12. Obra Prima, de Andréa Midori Simão e Thiago Faelli, 20min, SP
13. Os Pais, de Lello Kosby, 20min, DF
14. Quase de Verdade, de Jimi Figueiredo, 13min, DF
15. Roteiro para minha morte, de Pablo Gonçalo, 15min, DF
16. Sala de Montagem, de Umberto Martins, 3min, SP
17. Santa Bárbara do Oeste, de Tato Carvalho, 7min, SP
18. Vladimir Palmeira - A História Sem Mitos, de Roberto Reis
Stefanelli, 20min, DF

Festival de cinema de Brasília começa hoje 17/11 com filme de Lula no centro da polêmica, veja abaixo o trailer do filme:

Lula, O Filho do Brasil


Fonte: http://www.kinoforum.org.br/guia/2009/noticias.php?n=398

Entrevista

POSTADO POR HERANÇA CANDANGA ON SEGUNDA-FEIRA, 16 DE NOVEMBRO DE 2009 

Segue abaixo uma entrevista feita com o Senhor Werner P. Scheidemantel, o qual veio para Brasília em 1960. Ele fala um pouco sobre o que viveu e seu ponto de vista sobre a cidade.

Herança Candanga - Entrevista




Entrevista:

Werner: “Eu tive esta primazia de chegar e assistir o nascer de uma cidade”.

Herança Candanga: Quando o Senhor Veio para Brasília?

Werner: “26/07/1960, a inauguração propriamente dita foi 21/04/1960 eu cheguei aqui alguns meses depois”.

Herança Candanga: Qual o momento histórico e político da época?

Werner: “Jânio Quadros caí e entrar João Goulart e a conturbação em massa que deu a revolução militarista”.

Herança Candanga: Quando chegou o que o Senhor esperava de Brasília? O que o Senhor achava que iria encontrar aqui?

Werner: “Eu esperava esse canteiro de obras que encontrei, uns amigos que chegaram antes relatavam sobre os canteiros de obras, empregados vindos do nordeste, minas e Goiás colados no Distrito Federal. E eu encontrei a cidade livre (atual núcleo bandeirantes) quando entrou os caminhões pau de arara que chegavam do nordeste abortavam na cidade livre”.

Herança Candanga: O Senhor achava que a cidade ia crescer como ela está hoje?

Werner: “Eu tinha a esperanças e quando cheguei era o Jânio Quadros que comandava, houve um surto e retorno de Brasília para o Rio de Janeiro. E ai eu assisti a derrocada dos imobiliários (...) terrenos do lago era praticamente dado e as pessoas passavam e vendiam por dois reais o metro quadrado”.

Herança Candanga: Hoje como o Senhor vê Brasília?

Werner: “Eu vejo maravilhado! A cidade foi projetada para quinhentos mil habitantes e hoje tem dois milhões e duzentos mil”.

Herança Candanga: Esse crescimento descontrolado causou um prejuízo à cidade?

Werner: “Houve um entupimento da cidade”.

Herança Candanga: Qual a diferença da Brasília da época para a de hoje?

Werner: “Naquela época havia mais solidariedade, mas isso é próprio do gigantismo da cidade (...), houve miscigenação do nordeste, do sul, do estrangeiro”.

Herança Candanga: O Senhor acha que valeu a pena vir para cá?

Werner: “Valeu a pena porque trouxe desenvolvimento para o Brasil. O Brasil do meu tempo era o litoral, interior era considerado Mato Grosso”.

Cidades Satélites

POSTADO POR HERANÇA CANDANGA ON SÁBADO, 14 DE NOVEMBRO DE 2009

Planaltina
(19/08/1959)


A partir da primeira metade do século XVIII, inicia-se a exploração das minas de ouro e esmeralda e o povoamento do interior do Goiás pelos bandeirantes, desde então essa região passa a ser freqüentada como ponto de passagem da estrada real, utilizada para o escoamento de ouro e arrecadação de dízimos territoriais à cerca. Segundo a tradição oral, o primeiro nome do povoado foi Mestre D’Armas, devido ao fato de que na região se instalara um ferreiro, perito na arte de consertar e manejar armas que recebeu o título de Mestre, a expressão passou a identificar o local. Atribui-se, entretanto, a fundação do núcleo de que se originou Planaltina a José Gomes Rabelo, fazendeiro abastado que se transferiu da então Capital da província de Goiás para Lagoa Bonita, estendendo posteriormente suas posses até a morada de “Mestre D’Armas”. (...)

Em 19 de agosto de 1859 pela Lei  N.º 03 da Assembléia Provincial de Goiás, criou-se o distrito de  Mestre D’Armas, nos termos da Lei ficou pertencendo ao Município de Formosa. Esta mais tarde passou a ser a data oficial da fundação de Planaltina, nos termos do disposto 2º do Decreto “N” N.º 571, de 19 de janeiro de 1967. Em 1891, o arraial de São Sebastião de Mestre D’Armas é elevado à categoria de Vila, por Decreto do Presidente da Província, Antonio de Faria Albernaz, desmembrando-se de Formosa. Em 1892 instala-se a Vila, após a doação de casas para estabelecimento de Intendência, cadeia pública e escolas. Neste mesmo ano, acontece um fato que ligará definitivamente a história de Planaltina à de Brasília. Trata-se da vinda da Comissão Cruls que realizou os primeiros estudos para a implantação da futura Capital Federal no Planalto Central. A Comissão era composta por astrônomos, médicos, farmacêuticos, geólogos, botânicos, etc. Como resultado de seu trabalho foi demarcada a região. Só mais tarde esses estudos foram retomados.

A partir de 1917, a Vila passa por transformação com o surgimento de indústrias e charqueadas, empresas de cortume, fábrica de calçado, usina hidrelétrica e a estrada de rodagem ligando Planaltina à Ipameri. Neste ano em 14 de julho pela Lei N.º451, passa a denominar-se Planaltina.


Pedra Fundamental – monumento erguido em 7 de setembro de 1922(Centenário da Independência do Brasil) que incorporou Planaltina nas páginas da História do Brasil.

No dia 7 de setembro de 1922, com uma caravana composta de 40 pessoas é assentada a Pedra Fundamental no Morro do Centenário, na Serra da Independência, situada a 9Km da cidade de Planaltina(RA VI), que nasceu com o lançamento da pedra fundamental da nova Capital brasileira. Recebeu em terras do seu território o marco que simboliza o início das obras de Brasília e a efetiva ocupação territorial das imensas áreas do interior do país, antes despovoadas.

Em 1955, a Comissão Cruls chefiada pelo Marechal José Pessoa Cavalcanti delimita definitivamente a área e o sítio da nova capital. O Quadrilátero do Distrito Federal passou a ocupar uma área de 5.814Km² e foi sobreposto a três municípios goianos, um dos quis Planaltina, que teve seu território dividido em duas partes ficando a sua sede dentro da área do Distrito Federal, incorporando à estrutura administrativa que se implantou, ela perdeu então a condição de sede do município passando a funcionar como cidade satélite. (...)

Fonte: http://www.planaltina.df.gov.br/
http://e-groups.unb.br/ics/sol/itinerancias/bsb/historico/c_satelites.pdf

Candangolândia
(03/11/1956)


O acampamento da Candangolândia foi montado junto com a Cidade Livre, em 1956. Naquela época o seu espaço estava dividido em duas partes(Novacap e Velhacap). Com a inauguração de Brasília, a maioria dos moradores de acampamento mudou-se para o Plano Piloto. Alguns ficaram por lá e, mesmo pressionados pelo Governo, resistiram até os anos 70, quando várias famílias foram removidas para Ceilândia.

Nem todos saíram e, em 1984, o local foi definitivamente reconhecido como cidade, recebendo novos moradores, em 2308 lotes.Cinco anos depois, uma nova etapa da cidade foi construída com mais 810 lotes, entregues a população.


Início das construções
Núcleo Bandeirante
(19/12/1956)
 

Para dar início a construção de Brasília, eram necessárias duas providências básicas: construir um núcleo administrativo – a sede da Novacap – e um núcleo destinado ao comércio, indústria e serviço. Esse segundo núcleo deveria durar somente até a inauguração da capital. Por ser provisório, as construções seriam em madeira. Para atrair os primeiros moradores, os lotes destinados ao comércio, indústria e serviço foram arrendados pelo prazo máximo de quatro anos e todas as atividades isentas de impostos e taxas. Daí o nome cidade Livre.



O primeiro momento do Núcleo Bandeirante foi quando Juscelino Kubitschek esteve pela primeira vez nas terras da futura capital fazendo um percurso pela área que escolheu para a construção do núcleo pioneiro de Brasília.Apesar de todo o incentivo, e por desinformação, não havia interessados para se instalarem no núcleo pioneiro.Bernardo Sayão, ex-diretor da Novacap, começou a difundir as idéias das obras da capital em Goiás e Minas atraindo, assim, um maior contingente.

Antes do início de 1957, havia lá um restaurante, duas padarias, um hotel e um açougue. Seis meses depois, contavam-se mais de 100 construções e mais de mil pessoas. Quando Brasília foi inaugurada, a Cidade Livre tinha aproximadamente 20 mil habitantes.

O nome Cidade Livre não agradava a todos e pensou-se em chama-la de Núcleo Pioneiro. O Presidente JK desde o primeiro momento em que viu chegarem grupos de homens de calças de brim carregando poucos pertences chamou-os de “bandeirantes modernos”. Daí o nome Núcleo Bandeirante.

O Núcleo Bandeirante tinha caráter provisório e foi imaginado para existir apenas por quatro anos, isto é, apenas tempo suficiente para a construção de Brasília. Com a inauguração de Brasília, começaram as pressões para a transferência do pessoal do Núcleo Bandeirante Para a Asa Norte, Taguatinga e Gama. Então, a comunidade se organizou, reivindicando a fixação(movimento de pró- fixação) do Núcleo como cidade satélite. Após várias pressões, surge a única cidade satélite nascida por força de uma lei que fixou o Núcleo como cidade administrativa de Brasília tornando definitivo o que seria provisório.

Fonte: http://www.bandeirante.df.gov.br/005/00502001.asp?ttCD_CHAVE=3660
http://e-groups.unb.br/ics/sol/itinerancias/bsb/historico/c_satelites.pdf


Taguatinga
(55/06/1958)


O nome Taguatinga tem origem no nome da fazenda que deu origem ao seu território quer dizer “barro-branco”. A fazenda Taguatinga tinha três proprietários principais, os quais cederam suas terras para servir a futura Capital num processo de desapropriação amigável.

Com a chegada ininterrupta de bandeirantes a Brasília para trabalhar nas obras da nova capital brasileira, a Cidade Livre(hoje Núcleo Bandeirante), em pouco, não dispunha mais de espaço físico para abrigar o grande aglomerado humano. Israel pinheiro, comandante das obras da futura capital, pressentia o problema e imaginou abrir um loteamento próximo a Cidade Livre, nos chapadões da fazenda Taguatinga. No dia 05 de junho de 1958, iniciam-se as transferências da invasão Sara Kubitschek para a futura Taguatinga.

Dois fatos se somaram agilizando assim a sua criação:

1º - A superlotação da Cidade Livre, Hoje o Núcleo Bandeirante, que não podia receber mais migrantes, mesmo tendo sido motivados pelo próprio governo a deslocarem de suas cidades de origem, para a criação da Nova Capital do país; sentiam-se o dissabor de serem deixados pelos caminhoneiros às margens das estradas, principalmente no sentido Brasília-Goiânia, pois os mesmos tinham receio de serem repreendidos pela guarda rural, assim surgiram os grupos de pessoas morando em barracos construídos com restos de madeira velha, plásticos, papelão e embalagens de cimento.

2º - Para se criar o Lago Paranoá, havia a necessidade de transferir os candangos que trabalhavam na construção de Brasília e residiam na Vila Amauri, para um outro lugar. Na contingência de se mudarem, muitos vieram para esta região.

A cidade de Taguatinga foi a primeira oficialmente criada com o propósito de pro fim aos aglomerados humanos denominados “invasões” que estavam sendo formados na área urbana de Brasília. O traçado da cidade tinha sido previsto por Lúcio Costa anteriormente como cidade-dormitório para 25.000 habitantes e deveria nascer dez anos após a criação de Brasília.

Fonte: http://www.taguatinga.df.gov.br/005/00502001.asp?ttCD_CHAVE=6713
http://e-groups.unb.br/ics/sol/itinerancias/bsb/historico/c_satelites.pdf

Das Invasões as Cidades Satélites

POSTADO POR HERANÇA CANDANGA ON SÁBADO, 14 DE NOVEMBRO DE 2009

O projeto de criação de uma nova Capital, inovadora em todos os aspectos foi impecável, para o esperado, no entanto,  Lúcio Costa não foi tão futurista quanto sua criação, ele não previu o inesperado: um enorme contingente de pessoas literalmente sem-teto.

Só havia duas opções para dizimar a praga das favelas que surgiram no período da construção de Brasília: ou o Governo expulsava a força as pessoas que se aglomeravam em favelas, aqui e ali, ou adotava medidas para acomodar de forma adequada e humanitária essas pessoas.

A princípio, a doação de terrenos ocorreu para remover pelo menos 60 favelas que ocupavam todos os cantos do Plano Piloto, das proximidades do Palácio do Planalto às margens de rodovias. Mas a distribuição de terrenos acabou atraindo outros migrantes, que começaram a formar novas favelas ou reocupar as antigas. Mais tarde, eles também receberam seus lotes.

Os loteamentos concedidos pelo governo, assim como as favelas que se organizavam em torno  destes, tornaram-se um problema ainda maior com a inauguração de Brasília. Os pioneiros de Brasília demonstravam abertamente que não iriam abandonar suas casas, apesar de não terem empregos com o término das obras, os candangos nutriam sentimentos de esperança de uma vida melhor na nova Capital.

O “jeitinho” encontrado foi transformar os acampamentos de operários em cidades, logo, surgiram as Cidades Satélites, fruto da urgência imposta pelas invasões e da negligência do poder público.

Fonte: www.unb.br/ics/sol/itinerancias/bsb/urbanistico/concepcao.pdf

Vídeo: Brasília em 1967 - Plano Piloto e Cidades Satélites

POSTADO POR HERANÇA CANDANGA ON SEXTA-FEIRA, 13 DE NOVEMBRO DE 2009 


Brasília em 1967: Plano Piloto e Cidades Satélites




Breves considerações sobre Brasília


"A partir de dois traços, em forma de cruz, no branco do papel, iniciou-se o esboço de um projeto urbanístico que entrou para a história. O desenho de um avião, em seguida, foi o ponto de partida para a planta da cidade. Após a sua construção, a cabine do piloto dessa aeronave, passou a abrigar os poderes que comandam o país. Em 1987, ela se tornou a primeira cidade moderna do mundo a ser tombada pela Unesco como Patrimônio Histórico da Humanidade.

Tanto o projeto urbanístico de Lúcio Costa quanto a moderna arquitetura dos edifícios desenhados por Oscar Niemeyer conferem a Brasília características que não encontram paralelo em qualquer outra cidade do mundo. De automóvel, é possível atravessar toda a sua extensão, a partir da entrada Sul até o final da Asa Norte, sem pegar um único sinal de trânsito sequer. De cada ponto desse trajeto totalmente arborizado, vê-se a linha do horizonte: a cidade é plana e os edifícios residenciais têm, no máximo, seis andares. Além disso, o ar de Brasília é puro, pois não há indústrias pesadas ao seu redor.

Mas essa qualidade de vida, desfrutada por quem habita o Plano Piloto, tem um custo alto para a maioria da população, que mora nas periferias. Enquanto a cidade possui cerca de um automóvel para cada duas pessoas (maior índice do país), o seu transporte coletivo leva pouco mais do que um passageiro por quilômetro percorrido de linhas de ônibus, número que chega a ser quatro vezes menor do que o de cidades de mesmo porte. Esse baixo índice, que torna a tarifa de ônibus em Brasília uma das mais caras do país, se deve à grande distância entre as cidades-satélites, onde vive cerca de 90% da população do Distrito Federal, e o Plano Piloto, que concentra 77% dos postos de empregos do DF, segundo levantamento feito pelo Ministério do Trabalho, em 1999.

Esses dados fazem parte de um estudo feito por pesquisadores da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (UnB), sobre a ocupação territorial do DF. O estudo mostra que o processo de periferização, que em outras grandes cidades se deu por pressões do mercado imobiliário, no DF foi instituído pelo próprio governo. "O processo de implantação dos núcleos urbanos foi extremamente segregacionista desde a sua origem", afirma Frederico de Holanda, um dos responsáveis pela pesquisa.
O estudo revelou que, segundo estatísticas da Companhia de Desenvolvimento do Planalto Central (Codeplan), desde a construção da capital, a população do DF é maior nas cidades-satélites do que no Plano Piloto. Milhares de migrantes que foram para a região trabalhar na construção da capital, se alojaram, na época, nas imediações da Cidade Livre, atual Núcleo Bandeirante. Em 1958, uma parte dos operários foi convencida por assistentes sociais a se mudar para os loteamentos da primeira cidade-satélite que surgia: Taguatinga, a 20 Km do Plano Piloto. Pouco mais de uma década depois, com a Campanha de Erradicação de Invasões (CEI) criada pela administração de Brasília, surgia ao lado de Taguatinga aquela que seria a maior cidade-satélite do DF: Ceilândia. "A remoção dos moradores de várias favelas deu origem a essa cidade", conta Holanda. No censo de 1980, Ceilândia já possuía uma população maior que a do Plano Piloto.

"A configuração urbana do DF caracterizou-se como um modelo de ocupação muito menos compacto, muito menos denso", afirma Patrícia Melasso Garcia, outra pesquisadora da UnB envolvida no estudo. "As cidades criadas pelo poder público localizavam-se distantes do centro", ela diz. Os pesquisadores da UnB mencionam o documento Brasília Revisitada, escrito por Lúcio Costa em 1987, no qual o próprio urbanista, que projetou uma área de expansão na cidade-satélite do Guará, entre Taguatinga e o Plano Piloto, reconhece as consequências sociais da concentração populacional nas cidades-satélites. "A longa distância entre as satélites e o Plano Piloto isolou dois terços de sua população metropolitana que reside nos núcleos periféricos, além de gerar problemas de custo para o transporte coletivo", admite Lúcio Costa em seu texto.
Misticismo

Com pirâmides que lembram a antiguidade egípcia, como o Teatro Nacional e o Templo da Boa Vontade, Brasília é cercada por misticismo desde a sua criação. Às margens do lago Paranoá, construído artificialmente para amenizar a baixa umidade da capital, há a inscrição de uma profecia atribuída a Dom Bosco, padre italiano fundador da Ordem dos Salesianos, em 1859. Na Ermida que leva o seu nome, o texto da profecia de Dom Bosco diz que "entre os paralelos de 15º e 20º, partindo de um ponto onde se formava um lago, surgirá a terra prometida". Brasília, situada nas proximidades do paralelo de 15º, é tida pelos místicos da cidade como a "terra prometida", vislumbrada por Dom Bosco."

Perambulante


Brasília tem um fluxo constante de migrantes, característico, segundo, Natalia Mori Cruz, dos grandes focos de atração populacional que são geralmente cidades de médio porte que apresentam melhores possibilidades de subsistência. No momento atual, surge um novo tipo de migrante, o perambulante. Mas não seria ele o mesmo que um migrante? Marcel Bursztyn responde a essa pergunta:

“As trajetórias de deslocamento, de cidade em cidade, em busca de melhores condições de vida(ou simplesmente algum trabalho), sem fixarem-se por muito tempo em um local se adequam mais ao conceito de ‘perambulante’.”(Marcel Bursztyn).

Então, o “perambulante”, migra sem parar e mantem por, muitas vezes, o vínculo com o local de origem. Natalia, afirma que:”muitos dos moradores de Brasília podem ser identificados... como perambulantes que temporariamente voltam aos seus locais de origem,ou que já estiveram em outras cidades brasileiras antes de Brasília.”

Fontes:

BURSZTYN, Marcel (org.). 2000. No Meio da Rua: nômades, excluídos e viradores.
Rio de Janeiro: Garamond

Projeto Itinerâncias Urbanas – UNB
Publicação - Natalia Mori Cruz
Mestranda em Sociologia da UNB

 http://www.unb.br/ics/sol/itinerancias/bsb/urbanistico/inclusao_exclusao.pdf

Vídeo: Breve história das capitais brasileiras - Brasília

POSTADO POR HERANÇA CANDANGA ON QUINTA-FEIRA, 12 DE NOVEMBRO DE 2009  

Para a curiosidade de alguns, segue abaixo um vídeo da série "Breve história das capitas brasileiras", da TV Escola, falando sobre a história da cidade de Brasilia.

Charge: Cadê os Candangos?

POSTADO POR HERANÇA CANDANGA ON TERÇA-FEIRA, 10 DE NOVEMBRO DE 2009  

 

Exposições: "Subterrâneas Passagens" de Brasília

POSTADO POR HERANÇA CANDANGA ON TERÇA-FEIRA, 10 DE NOVEMBRO DE 2009 


A Caixa Cultural Brasília apresenta a exposição “Subterrâneas Passagens”, do fotógrafo José Rosa e curadoria de Tininha Morato. O público poderá admirar as passarelas subterrâneas da capital federal na Galeria Piccola I, registradas na técnica pinhole.

A visitação é de 28 de outubro a 29 de novembro, de terça-feira a domingo, das 09h às 21h. Também serão realizadas 12 oficinas do Projeto Fotolata.

Em “Subterrâneas Passagens”, José Rosa registra passagens, becos e passarelas de Brasília. O fotógrafo utilizou a técnica pinhole de fotografia artesanal, que consiste em se fazer fotografia sem o uso de máquinas convencionais. O trabalho foi realizado com diversas câmeras construídas com latas e caixas.

A motivação de José Rosa em trabalhar com a técnica está no contraponto ao modo digital de fotografar e de perceber o mundo, mais instantâneo e fisicamente fiel. Ao mesmo tempo, gerou também uma nova visão sobre o processo fotoquímico, propondo um resgate da fotografia enquanto expressão e desafio, atendo-se muito mais à idéia a ser registrada e ao processo de formação da imagem fotográfica do que ao simples clicar da máquina

Para Rosa, a fotografia pinhole requer do fotógrafo a compreensão de todo o processo, desde a confecção do instrumento até domínio da técnica, apropriando-se da luz como matéria-prima no seu fazer artístico. Esta técnica exige que o artista conjugue variáveis desde o manejo da lata e do enquadramento até a concepção do jogo dos claros e escuros, que definem os volumes e as formas registradas.

A fotografia em pinhole incentiva a criação e a produção fotográfica, além de recuperar o encanto e a magia que envolvem a câmara escura, restaurando seu poder de simplificar e desmistificar a realidade. Em “Subterrâneas Passagens” pode-se observar o comportamento da luz na formação da imagem, despertando a consciência crítica para o belo, para o artístico e para o inusitado dessa técnica. A fotografia como linguagem de comunicação contribui como meio de reflexão crítica da realidade, construindo novos olhares, novos conhecimentos e novas atitudes.

Inscrições Oficinas do Projeto Fotolata e agendamento de visitas monitoradas: (61) 3206-9450
Horário: De 28 de outubro a 29 de novembro - terça-feira a domingo de 09h às 21h
Endereço: Caixa Cultural Brasília – Galeria Piccola I - SBS Qd 4 lote 3/4, anexo do edifício Matriz da Caixa
Preço: Entrada Franca

FONTE:
http://www.candango.com.br/aplicacoes/materia/index.cfm?id_area=68&id_conteudo=10442

Brasília na visão de Clarice Lispector



POSTADO POR HERANÇA CANDANGA ON TERÇA-FEIRA, 10 DE NOVEMBRO DE 2009 


Clarice Lispector - escritora da terceira geração modernista - nasceu na Ucrânia e mais tarde mudou-se com a família para o Brasil. Sua produção literária surpreendeu pela busca de uma compreensão da consciência individual, marcada sempre pela grande introspecção das personagens. Ha quem diga que as personagens retratadas e toda a sua angústia diante de situações cotidianas eram, na verdade, a própria exteriorização da autora.

Brasília na visão de Clarice Lispector

“Brasília é construída na linha do horizonte. – Brasília é artificial. Tão artificial como devia ter sido o mundo quando foi criado. Quando o mundo foi criado, foi preciso criar um homem especialmente para aquele mundo. Nós somos todos deformados pela adaptação à liberdade de Deus. Não sabemos como seríamos se tivéssemos sido criados em primeiro lugar, e depois o mundo deformado às nossas necessidades. Brasília ainda não tem o homem de Brasília. – Se eu dissesse que Brasília é bonita, veriam imediatamente que gostei da cidade. Mas de digo que Brasília é a imagem de minha insônia, vêem nisso uma acusação; mas a minha insônia não é bonita nem feia – minha insônia sou eu, é vivida, é o meu espanto.(...)

– Eu sei o que os dois(Lucio Costa e Oscar Niemeyer) quiseram: a lentidão e o silêncio, que também é a idéia que faço da eternidade. Os dois criaram o retrato de uma cidade eterna. – Há alguma coisa aqui que me dá medo. Quando eu descobrir o que me assusta, saberei também o que amo aqui. O medo sempre me guiou para o que eu quero; e, porque eu quero, temo. Muitas vezes foi o medo quem me tomou pela mão e me levou. O medo me leva ao perigo. E tudo o que amo é arriscado. – Em Brasília estão as crateras da Lua.
– A beleza de Brasília são as suas estátuas invisíveis.”

Em 1970, a escritora Clarice Lispector impressionou-se com a supremacia da cidade sobre seus habitantes... Como acontece a onze em cada dez visitantes na primeira viagem, Clarice estranhou a troca de ruas e praças por superquadras, tesourinhas, eixinhos e eixos. Ficou insone com o silêncio ensurdecedor, descobriu que a infinitude da paisagem torna a solidão mais aflitiva e, sobretudo, desconcertou-se por não encontrar alguém que reproduzisse a cara do lugar.

Brasília foi comparada à insônia, cidade que não dorme, não por seu ritmo frenético, mas por ser de uma beleza inquietante, capaz de tirar o sono e as palavras de qualquer um. Tanto é que, décadas depois, Renato Russo imortalizou, na letra de Faroeste Caboclo, a única frase que conseguiam repetir os que aqui chegavam:
- Meu Deus mas que cidade linda!

A autora declara que Lucio Costa e Oscar Niemeyer, criaram na estruturação da cidade sua singularidade e consequentimente, sua eternidade: que teve princípio, mas não terá fim.

Clarice não gostou da cidade avião, mas admitiu que por ser Brasília, uma cidade de solidão encerrada no Planalto Central, possibilitava ao personagem que aqui se aventurasse estar distante de tudo e ao mesmo tempo tão próximo de si mesmo, por isso, seria este o lugar ideal para o seu ser, sempre ávido a experimentar epifanias nos mais simples e inesperados acontecimentos.

“Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas, continuarei a escrever.”
Clarice Lispector

FONTES:
Livro:
ABAURRE, Maria Luíza.
Português: língua e literatura: volume único/ Maria Luíza Abaurre, Marcela Nogueira Pontara, Tatiana Fadel. - 2. ed. - São Paulo: Moderna, 2003.-(Coleção Base)

Sites:

Curiosidade: Projetos de Brasília

POSTADO POR HERANÇA CANDANGA ON SÁBADO, 07 DE NOVEMBRO DE 2009

Para curiosidade de alguns, segue abaixo alguns dos projetos que concorreram com o de Lucio Costa. Veja como Brasília poderia ser totalmente diferente:

Participaram do concurso do Plano Piloto 41 projetos apresentados por 26 concorrentes. Foram classificados os seguintes:

1º lugar - Projeto nº 22, de Lucio Costa (veja o Plano-Piloto como apresentado por Lucio Costa neste site)
2º lugar - Projeto nº 2, de Boruch Milman, João Henrique Rocha e Ney Fontes Gonçalves
3º lugar - Projetos nº 17 e 8 (o 3º e o 4º prêmio foram reunidos)
5º lugar - Projetos nº 1, 24 e 26.

Projeto nº2 (classificado em 2º lugar)



Autores: Boruch Milman, João Henrique Rocha e Ney Fontes Gonçalves.

Previa uma cidade governamental com desenvolvimento controlado (máximo de 768.000 hab.) e satélites urbanos cujo crescimento seria de flexibilidade ilimitada. Foi suposto que em 2050 a cidade teria 673.000 habitantes.

Veja imagens maiores do projeto: figura 1 - figura 2

Projeto nº17 (classificado em 3º lugar)



Autores: Rino Levi, Roberto Cerqueira Cesar e L.R. Carvalho Franco.

Não previa satélites. A população máxima prevista era a mesma do edital do concurso (500.000 hab.).

Edifícios residenciais gigantescos, com 16.000 residentes cada com. Seis setores de 3 superblocos, com uma população total, apenas nestes 18 edifícios, de 288.000 pessoas.

Cada bloco teria centenas de metros de altura, e utilizaria 60.000 toneladas de aço! Veja um dos superblocos em maior detalhe.

Uma cidade para se andar a pé! Como a maioria da população seria concentrada num raio de pouco mais de 1 km, previa-se que o acesso dos residentes dos superblocos à maioria dos edifícios públicos seria feita a pé. "O uso da marcha a pé em maior escala que nas outras cidades traria uma multiplicação dos contatos entre a população, unindo o indivíduo à sua comunidade."

Veja outras imagens deste projeto: imagem 1 - imagem 2 - imagem 3

Projeto nº8 (classificado também em 3º lugar)



Autores: arquitetos M. M. M. Roberto.

Sete unidades urbanas com 72.000 pessoas cada uma, podendo se expandir para 10 ou 14 unidades. Cada unidade teria o formato de um círculo com 2.400 metros de diâmetro, e seria como "uma cidade completa".

Também aqui se andaria a pé! À semelhança do Projeto nº 17, previa-se que os habitantes se locomoveriam quase sempre a pé, pois morariam próximo ao local de trabalho. Achou-se que haveria pouca necessidade de veículos particulares ou coletivos.

A população ideal seria de 630.000 habitantes, e a máxima de 1.260.000. Os 630.000 habitantes seriam assim distribuídos: 504.000 na "área da capital", 104.000 em "distritos rurais" em 22.000 em "estabelecimentos isolados".

Além das unidades urbanas circulares, haveria um "Parque Federal" (veja imagem).

Veja outas imagens deste projeto: figura 1 - figura 2 - figura 3

Imagens de alguns outros projetos:

Projeto nº 5 (não classificado)
Projeto nº 9 (não classificado)
Projeto nº 20 (não classificado)
Projeto nº 24 (um dos 3 que foram classificados em 5º lugar)
Projeto nº 26 (também classificado em 5º lugar)

Notas:
O projeto de Lucio Costa sofreu modificações importantes depois de sua apresentação em 1957 (veja aqui o desenho original do Plano-Piloto de Lúcio Costa). Se fosse outro o projeto escolhido, talvez também houvesse alterações importações antes de se iniciar a construção.

Em uma das nossas fontes, a publicação "Brasília Trilha Aberta", apresenta-se incorretamente a imagem do projeto nº 2 como sendo a do projeto nº 26, e vice-versa.

Um dos arquitetos do projeto nº 2 é grafado como "Baruch Milman" em uma fonte, e como "Boruch Milmann" em outra. A grafia correta, conforme o próprio arquiteto nos informou, é Boruch Milman.
 
Fontes:
http://brasiliabsb.com/projetos.htm
http://www.arpdf.df.gov.br/
Revista Brasília, publicação da Novacap, 1957.
A História de Brasília, de Ernesto Silva, 1997.
Brasília Trilha Aberta, publicação comemorativa do GDF, 1986.

Museu Vivo da História Candanga

POSTADO POR HERANÇA CANDANGA ON SÁBADO, 07 DE NOVEMBRO DE 2009

Aberto de segunda a sexta, das 8h às 18h. Sábados, das 14h às 18h.



O Museu Vivo da Memória Candanga foi, no começo da construção da Capital, em 1956 quando os candangos se instalaram na Cidade Livre, atual Núcleo Bandeirante, o primeiro hospital do Distrito Federal, que foi chamado de Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira.

Hoje, o MVMC é o mais completo conjunto de recordações - e patrimônio histórico do Distrito Federal - dos primeiros anos de Brasília, vividos por aqueles que vieram construí-la. Assim, o museu é um acervo e centro de referência sobre as origens culturais do Distrito Federal.

O Museu Vivo da Memória Candanga é formado por 18 edificações originais do conjunto HJKO. Inaugurado em 26 de abril de 1990, após minuncioso trabalho de restauração feito por técnicos, arquitetos, engenheiros e antropólogos.

Segue abaixo algumas fotos que tiramos dentro do
Museu Vivo da Memória Candanga:



Visite:
Via EPIA Sul, Lote D, em frente a Candangolândia.
Tel. 3301.3590

Fonte: http://www.brasilia50anos.com.br/
http://www.cvltvre.com/pg/museums/view/13783

Curiosidade: Brasília ontem e hoje

POSTADO POR HERANÇA CANDANGA ON SÁBADO, 07 DE NOVEMBRO DE 2009

Para curiosidade de alguns, segue abaixo uma comparação de Brasília no final dos anos 60 e como ela está atualmente, não só no aspecto visual, mas também em dados.

Comparação de Brasília: Ontem e hoje em aspecto visual

Compare Brasília, vista da Torre de TV:

- no final dos anos 60 (fotos de Cesar Areal)
- em 2004 (fotos de Augusto Areal)

Idealização e montagem: Augusto Areal.
Esta imagem foi publicada como cartão postal, em parceria com a empresa Brascard.

Algumas curiosidades:
a passagem ligando a W-3 Sul à W-3 Norte foi feita apenas no final dos anos 70;
na foto dos anos 60 existe apenas a armação de concreto da Catedral. Ela só seria inaugurada em 31/05/70;
o prédio original do Hotel Planalto, com 2 andares, foi demolido e substituído por um novo prédio de 3 pavimentos.

Comparação de Brasília: Ontem e hoje em números

Dados emitidos pela Revista Veja
Clique aqui para ver a imagem em tamanho real.


Fonte: http://brasiliabsb.com/brasilia_ontem_e_hoje.htm
http://veja.abril.com.br/especiais/brasilia/ontem-hoje-numeros-p-188.html

Curiosidade: Brasília 50 anos

POSTADO POR HERANÇA CANDANGA ON SÁBADO, 07 DE NOVEMBRO DE 2009

O Banco Central irá emitir moedas comemorativas da série Cidades Patrimônios da Humanidade no Brasil. As cidades que receberão esta homenagem detêm o título de patrimônio histórico da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Brasília será a primeira homenageada, em comemoração aos seus 50 anos, completados em 21 de abril de 2010.



A peça fabricada pela Casa da Moeda tem 40 milímetros de diâmetro, feita em prata com áreas foscas e espelhadas. No anverso (cara) da moeda há uma composição de imagens representando a arquitetura da cidade com o Congresso Nacional, Catedral de Brasília, Palácio do Planalto e a escultura Guerreiros. No contorno está escrito a legenda “Patrimônio da Humanidade- Unesco”.e na parte inferior “Brasília 1960 – 2010”. O reverso (coroa) é composto por uma representação esquemática do Plano Piloto, conhecida como avião, com o lado norte voltado para cima e na parte inferior à direita consta a impressão do valor de face, 5 REAIS e a legenda Brasília.

A nova moeda promete ser disputada entre colecionadores. Serão confeccionados 30 mil exemplares que serão comercializados a R$ 110 cada pelo Banco do Brasil e Banco Central. Assim como outras moedas comemorativas, a de Brasília terá um valor de face, porém não entrará no mercado.

Fontes: http://www.agenciabrasilia.df.gov.br/042/04299003.asp?ttCD_CHAVE=91977#
http://www.estadao.com.br/noticias/economia,brasilia-sera-primeira-cidade-do-pais-a-ter-moeda-comemorativa,462207,0.htm

Inauguração de Brasília

POSTADO POR HERANÇA CANDANGA ON SÁBADO, 07 DE NOVEMBRO DE 2009

A inauguração de Brasília foi realizada na data prevista, 21 de abril de 1960, último ano do mandado do Presidente Juscelino Kubitschek. Realizou-se uma grande festa, que foi coberta por jornalistas de diversos países e vista como início de uma Nova Era, símbolo da modernidade e principalmente de um novo Brasil.

Uma modernidade que não estava apenas nas linhas das construções de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa no traçado da cidade, mas principalmente na idéia de desenvolvimento global que a nova cidade representava.


Discurso de Juscelino Kubitschek na inauguração - foto Revista Manchete

"Viramos no dia de hoje uma página da história do Brasil. Prestigiado, desde o primeiro instante, pelas duas casas do Congresso Nacional e amparado pela opinião pública ... damos por cumprido o nosso dever mais ousado, o mais dramático dever". "Neste dia - 21 de abril - consagrado ao alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, ao centésimo trigésimo oitavo ano da independência e septuagésimo primeiro da República, declaro, sob a proteção de Deus, inaugurada a cidade de Brasília, capital dos Estados Unidos do Brasil". - Juscelino Kubitschek.

Porque cristalizou em sua sensibilidade e vocação de estadista essa aspiração do povo brasileiro; porque presidiu com ânimo inquebrantável a todos os atos de sua construção; porque acompanhou com espírito alerta e sem fadiga cada passo à frente; porque superou com vigor indomável todas as críticas iconoclastas; porque estimulou com audácia, energia e confiança todos os seus comandados - por tudo isso é erguido este memorial de Brasília, que consagra a sua maior obra - Meta das Metas - A fim de que os brasileiros de hoje e os de amanhã recebam esta herança, e a honrem, e a aprimorem, e a engrandeçam, na perpetuação da cidade do homem dignificado pelo trabalho, pela fraternidade, pela paz. "Brasileiros! daqui, do centro da pátria, levo o meu pensamento a vossos lares e vos dirijo a minha saudação. Explicai a vossos filhos o que está sendo feito agora. É sobretudo para eles que se ergue esta cidade síntese, prenúncio de uma revolução fecunda em prosperidade. Eles é que nos hão de julgar amanhã". - Juscelino Kubitschek.


Candangos na inauguração da Capital - revista Manchete


Curiosidade: História da palavra "candango"

POSTADO POR HERANÇA CANDANGA ON SÁBADO, 07 DE NOVEMBRO DE 2009

Para curiosidade de alguns, segue abaixo o texto de Ana Miranda, a qual conta um pouco da história da palavra "candango":

Candango: pequena história de uma palavra

Por Ana Miranda

"Quando cheguei em Brasília, em janeiro de 1959, a palavra candango era usada para designar apenas os operários que trabalhavam na construção da cidade. Tinha uma acepção que representava o preconceito existente contra os nordestinos chegados um ano antes, retirados de uma grande seca. Depois perdeu seu caráter pejorativo e passou a incluir todos os pioneiros que trabalharam na construção de Brasília, acabando por abarcar os moradores da cidade, em geral. Hoje, como uma espécie de homenagem, justíssima, é um gentílico para todo aquele que nasce em Brasília.

É linda a palavra, parece nome de uma planta que alucina, parece um som de tambor, uma reverberação, um ruído primordial... Candango tem etimologia controversa, mas certamente é de origem banta. Em Cuba, país de fortíssima presença africana, candango significa bobalhão, mentecapto, doentio, enfraquecido... Li em algum lugar que ela teria vindo de uma palavra africana equivalente a “iludir com lisonjas”. Ortiz vê essa palavra como originária do quicongo, kunda, que é encurvar-se, dobrar a espinha, render homenagem, ou adorar, o que parece sensato, como anterior à sugestão pejorativa, pois primeiramente os africanos teriam se curvado aos estrangeiros negociantes, depois os teriam visto como ilusores, em seguida como captores inimigos. Tudo isso faz sentido, usando-se um pouco de imaginação.

Aqui no Brasil, a palavra candango percorreu um caminho sinuoso. Meu dicionário Aurélio diz que ela nasceu de kungundu, diminutivo de kingundu, em quimbundo. Kungundu exprimia, para os nossos escravos africanos, a idéia de ruim, ordinário, vilão. Era a designação que eles davam aos portugueses dedicados ao infame e rendoso tráfico negreiro. Essa palavra carregava significados tão pesados e maus, que só era pronunciada na intimidade da conversação na senzala.

O dicionário etimológico localiza a palavra candango no finalzinho do século 19, mas eu acho que é bem mais antiga aqui por estas plagas, porém de uso oral, popular, sem registro. Secreta. Caiu em desuso a acepção de indivíduo ruim, sem valor, ou pessoa de mau gosto. Ressurgiu em Brasília nos anos 1950, não se sabe como, provavelmente levada pelos afro-baianos, ou afro-pernambucanos, pelos descendentes dos escravos das senzalas, que acorreram à cidade para trabalhar na construção. Os operários de Brasília, no tempo da construção, eram conhecidos como piões, uma palavra também usada para os operários fabris, mas que em Brasília fazia uma alusão à alta-rotatividade dos trabalhadores da construção civil. No livro de Nair H. Bicalho de Sousa, o pedreiro João, construtor da cidade, contou que era o presidente Juscelino Kubitschek quem usava a palavra candango para nomear os operários, talvez consciente de que eles não gostavam de ser chamados de piões, que consideravam palavra apriorística. “Eu acho que negócio de pião que eles fala assim, é quase que um desfazimento na classe operária...” (carpinteiro Agripino). Ou, como era bom político, nosso presidente teria encontrado uma nova palavra que apagava a ideologia residente nas denominações pião ou operário... Aquela, expressando uma forma de excluir os trabalhadores do processo oficial.

Diz o pedreiro João: “Esse nome, o que chamava pião, é porque Juscelino chamava o povo candango, né? Que até eu mesmo cansei de ver ele mesmo dizer que era nós candango. E ele dizia era assim, num era só candango, não. (...) Esse nome (candango) apareceu aqui mesmo em Brasília, porque pião é uma pessoa lá pro Norte, pra esses lugar por aí, é uma pessoa que amunta, que é amansador de animal, então, que tem esse nome (pião). Então é o nome, então, eles chama pião. Aqui é homem de obra, em vez de chamar operário, chama é pião.” Candango, então, teria nascido com uma conotação política.""

Significado e origem da palavra "candango"

POSTADO POR HERANÇA CANDANGA ON SÁBADO, 07 DE NOVEMBRO DE 2009

Segundo Ana Miranda, a palavra candango, inicialmente, era designada apenas aos operários que trabalhavam na construção de Brasília, de forma preconceituosa aos nordestinos, mas, depois, perdeu esse caráter e passou a ser designada à todos os pioneiros que trabalhavam na construção da nova capital.

Mas de onde surgiu esse nome “candango”?

Segundo a mesma, a palavra possui uma etimologia controversa e que o dicionário Aurélio diz que ela nasceu de kungundu, exprimia para os escravos africanos a idéia de ruim, ordinário, vilão. Era a forma com que os escravos chamavam os portugueses que traficavam negros.

Depois de ter caído em desuso, a palavra ressurgiu em 1950, não se sabe como. Mas, de acordo com o livro de Nair H. Bicalho de Sousa, o pedreiro João, um dos operários, contou que Juscelino Kubitschek utilizava a palavra candango para se referir aos operários da construção de Brasília, por saber que eles não gostavam de ser chamados de piões.


Candangos - revista Manchete


Processo para construção de Brasília

POSTADO POR HERANÇA CANDANGA ON SÁBADO, 07 DE NOVEMBRO DE 2009

Juscelino Kubitschek, como Presidente da República, assina em Anápolis – GO uma mensagem ao Congresso Nacional, em 18 de abril de 1956, a qual propõe a criação da NOVACAP – “Com a finalidade precípua de promover o planejamento e execução do serviço de localização, urbanização e construção da futura metrópole nacional”.
Em setembro do mesmo ano, o Congresso Nacional decreta e Juscelino Kubitschek sanciona a lei n.º 2.874, a qual “dispõe sobre a mudança da capital federal e dá outra providências”.
Ainda em setembro, Juscelino Kubitschek, aprova a constituição da sociedade por ações da NOVACAP, pelo decreto n.º 40.017, nomeando Israel Pinherio da Silva, presidente, Bernardo Saião Carvalho de Araújo, Ernesto Silva e Iris Meinber diretores. Publicou-se o edital para o concurso nacional do plano piloto, o júri – integrado pelo arquitetos e urbanistas William Holfor, André sive, Stamo Papadaki, Oscar Niemeyer, Hildebrando Horta Barbosa e Paulo Artunes Ribeiro – declara vencedor o projeto do arquiteto Lúcio Costa.
Em 10 de outubro de 1957 é sancionada a lei n.º 3.273, pelo Presidente da República, a qual fixa o dia 21 de abril de 1960 para a mudança da Capital.
Juscelino Kubitschek, conduziu os trabalhos durante os 3 anos da construção de Brasília. E para ajudar a realização desse sonho, vieram os candangos.

Mas quem são esses candangos?

Fonte: http://www.sc.df.gov.br/

"A terra prometida"

POSTADO POR HERANÇA CANDANGA ON DOMINGO, 01 DE NOVEMBRO DE 2009

Do sonho de Dom Bosco “A terra prometida” localizada entre os paralelos 15 e 20, no coração da América Latina, nasceria assim: Brasília, que traria grandes mudanças à sua era.

Mas o que deu fluência a esse sonho?

A primeira Constituição Federal da Republica estabelece que no Planalto Central deveria ser implantada a futura Capital Federal.
Em 1892, Floriano Peixoto deu o primeiro passo, sob a chefia de Luís Cruls, constituiu a comissão exploradora do Planalto Central do Brasil para estudar e demarcar a área do futuro Distrito Federal.
Em 1940, no governo de Getulio Vargas é lançado a “Marcha para o Oeste” que tinha a pretensão de povoar o Centro Oeste do Brasil.
Por um tempo o projeto de transição da Capital do Rio de Janeiro para o Planalto Central ficou esquecido. Até que em 1955, o candidato a Presidência da Republica, Juscelino Kubitschek, promete que se eleito, faria a Construção da nova Capital.
Como novo Presidente da Republica, Juscelino Kubitschek, cumpre sua promessa de Campanha.

Fonte: http://www.regipara.com/site/14/pg3.asp

Notícias

POSTADO POR HERANÇA CANDANGA ON SEXTA-FEIRA, 25 DE SETEMBRO DE 2009

Semana de Estensão na UNB

A UNB realizará uma semana de estensão sobre a história da construção da capital. As incrições para participar das atividades vão até o dia 27 de setembro de 2009.

Composição de Debates
50 anos vivendo o Cerrado: Semiologias de Espaços e Memórias Candangas


Moderadora: Eliane Ap. dos Santos DTE/DEX

Geralda Dias-UnB, Andrei Schelee – FAU/UnB, Vladimir Carvalho – Cineasta, José do Nascimento – IBRAM/MInC, Luciana Maya – MVMC/SEC/DF, Conceição Freitas- Jornalista

Maiores informações:
http://www.semanadeextensao.unb.br/programacao_atividades.html



Viva Brasília - Um Tributo a JK

Nos dias 25/09 à 30/09 acontecerá uma exposição multimídia interativa na Praça Central do Museu Nacional, no Conjunto Cultural da República. Todas as atrações têm entrada franca e classificação indicativa livre.

Shows
25 de setembro - Sexta-feira
19h - Abertura oficial do evento
20h - Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, sob regência de Ira Levin
21h - Fernanda Takai

26 de setembro - Sábado
19h - Ellen Oléria
20h - Roberto Corrêa
21h - Milton Nascimento
Na sexta-feira, a exposição ficará aberta das 19h às 22h. Do sábado (26) à quarta-feira (30), das 10h às 22h.

Maiores informações:
 

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