Cidades Satélites

POSTADO POR HERANÇA CANDANGA ON SÁBADO, 14 DE NOVEMBRO DE 2009

Planaltina
(19/08/1959)


A partir da primeira metade do século XVIII, inicia-se a exploração das minas de ouro e esmeralda e o povoamento do interior do Goiás pelos bandeirantes, desde então essa região passa a ser freqüentada como ponto de passagem da estrada real, utilizada para o escoamento de ouro e arrecadação de dízimos territoriais à cerca. Segundo a tradição oral, o primeiro nome do povoado foi Mestre D’Armas, devido ao fato de que na região se instalara um ferreiro, perito na arte de consertar e manejar armas que recebeu o título de Mestre, a expressão passou a identificar o local. Atribui-se, entretanto, a fundação do núcleo de que se originou Planaltina a José Gomes Rabelo, fazendeiro abastado que se transferiu da então Capital da província de Goiás para Lagoa Bonita, estendendo posteriormente suas posses até a morada de “Mestre D’Armas”. (...)

Em 19 de agosto de 1859 pela Lei  N.º 03 da Assembléia Provincial de Goiás, criou-se o distrito de  Mestre D’Armas, nos termos da Lei ficou pertencendo ao Município de Formosa. Esta mais tarde passou a ser a data oficial da fundação de Planaltina, nos termos do disposto 2º do Decreto “N” N.º 571, de 19 de janeiro de 1967. Em 1891, o arraial de São Sebastião de Mestre D’Armas é elevado à categoria de Vila, por Decreto do Presidente da Província, Antonio de Faria Albernaz, desmembrando-se de Formosa. Em 1892 instala-se a Vila, após a doação de casas para estabelecimento de Intendência, cadeia pública e escolas. Neste mesmo ano, acontece um fato que ligará definitivamente a história de Planaltina à de Brasília. Trata-se da vinda da Comissão Cruls que realizou os primeiros estudos para a implantação da futura Capital Federal no Planalto Central. A Comissão era composta por astrônomos, médicos, farmacêuticos, geólogos, botânicos, etc. Como resultado de seu trabalho foi demarcada a região. Só mais tarde esses estudos foram retomados.

A partir de 1917, a Vila passa por transformação com o surgimento de indústrias e charqueadas, empresas de cortume, fábrica de calçado, usina hidrelétrica e a estrada de rodagem ligando Planaltina à Ipameri. Neste ano em 14 de julho pela Lei N.º451, passa a denominar-se Planaltina.


Pedra Fundamental – monumento erguido em 7 de setembro de 1922(Centenário da Independência do Brasil) que incorporou Planaltina nas páginas da História do Brasil.

No dia 7 de setembro de 1922, com uma caravana composta de 40 pessoas é assentada a Pedra Fundamental no Morro do Centenário, na Serra da Independência, situada a 9Km da cidade de Planaltina(RA VI), que nasceu com o lançamento da pedra fundamental da nova Capital brasileira. Recebeu em terras do seu território o marco que simboliza o início das obras de Brasília e a efetiva ocupação territorial das imensas áreas do interior do país, antes despovoadas.

Em 1955, a Comissão Cruls chefiada pelo Marechal José Pessoa Cavalcanti delimita definitivamente a área e o sítio da nova capital. O Quadrilátero do Distrito Federal passou a ocupar uma área de 5.814Km² e foi sobreposto a três municípios goianos, um dos quis Planaltina, que teve seu território dividido em duas partes ficando a sua sede dentro da área do Distrito Federal, incorporando à estrutura administrativa que se implantou, ela perdeu então a condição de sede do município passando a funcionar como cidade satélite. (...)

Fonte: http://www.planaltina.df.gov.br/
http://e-groups.unb.br/ics/sol/itinerancias/bsb/historico/c_satelites.pdf

Candangolândia
(03/11/1956)


O acampamento da Candangolândia foi montado junto com a Cidade Livre, em 1956. Naquela época o seu espaço estava dividido em duas partes(Novacap e Velhacap). Com a inauguração de Brasília, a maioria dos moradores de acampamento mudou-se para o Plano Piloto. Alguns ficaram por lá e, mesmo pressionados pelo Governo, resistiram até os anos 70, quando várias famílias foram removidas para Ceilândia.

Nem todos saíram e, em 1984, o local foi definitivamente reconhecido como cidade, recebendo novos moradores, em 2308 lotes.Cinco anos depois, uma nova etapa da cidade foi construída com mais 810 lotes, entregues a população.


Início das construções
Núcleo Bandeirante
(19/12/1956)
 

Para dar início a construção de Brasília, eram necessárias duas providências básicas: construir um núcleo administrativo – a sede da Novacap – e um núcleo destinado ao comércio, indústria e serviço. Esse segundo núcleo deveria durar somente até a inauguração da capital. Por ser provisório, as construções seriam em madeira. Para atrair os primeiros moradores, os lotes destinados ao comércio, indústria e serviço foram arrendados pelo prazo máximo de quatro anos e todas as atividades isentas de impostos e taxas. Daí o nome cidade Livre.



O primeiro momento do Núcleo Bandeirante foi quando Juscelino Kubitschek esteve pela primeira vez nas terras da futura capital fazendo um percurso pela área que escolheu para a construção do núcleo pioneiro de Brasília.Apesar de todo o incentivo, e por desinformação, não havia interessados para se instalarem no núcleo pioneiro.Bernardo Sayão, ex-diretor da Novacap, começou a difundir as idéias das obras da capital em Goiás e Minas atraindo, assim, um maior contingente.

Antes do início de 1957, havia lá um restaurante, duas padarias, um hotel e um açougue. Seis meses depois, contavam-se mais de 100 construções e mais de mil pessoas. Quando Brasília foi inaugurada, a Cidade Livre tinha aproximadamente 20 mil habitantes.

O nome Cidade Livre não agradava a todos e pensou-se em chama-la de Núcleo Pioneiro. O Presidente JK desde o primeiro momento em que viu chegarem grupos de homens de calças de brim carregando poucos pertences chamou-os de “bandeirantes modernos”. Daí o nome Núcleo Bandeirante.

O Núcleo Bandeirante tinha caráter provisório e foi imaginado para existir apenas por quatro anos, isto é, apenas tempo suficiente para a construção de Brasília. Com a inauguração de Brasília, começaram as pressões para a transferência do pessoal do Núcleo Bandeirante Para a Asa Norte, Taguatinga e Gama. Então, a comunidade se organizou, reivindicando a fixação(movimento de pró- fixação) do Núcleo como cidade satélite. Após várias pressões, surge a única cidade satélite nascida por força de uma lei que fixou o Núcleo como cidade administrativa de Brasília tornando definitivo o que seria provisório.

Fonte: http://www.bandeirante.df.gov.br/005/00502001.asp?ttCD_CHAVE=3660
http://e-groups.unb.br/ics/sol/itinerancias/bsb/historico/c_satelites.pdf


Taguatinga
(55/06/1958)


O nome Taguatinga tem origem no nome da fazenda que deu origem ao seu território quer dizer “barro-branco”. A fazenda Taguatinga tinha três proprietários principais, os quais cederam suas terras para servir a futura Capital num processo de desapropriação amigável.

Com a chegada ininterrupta de bandeirantes a Brasília para trabalhar nas obras da nova capital brasileira, a Cidade Livre(hoje Núcleo Bandeirante), em pouco, não dispunha mais de espaço físico para abrigar o grande aglomerado humano. Israel pinheiro, comandante das obras da futura capital, pressentia o problema e imaginou abrir um loteamento próximo a Cidade Livre, nos chapadões da fazenda Taguatinga. No dia 05 de junho de 1958, iniciam-se as transferências da invasão Sara Kubitschek para a futura Taguatinga.

Dois fatos se somaram agilizando assim a sua criação:

1º - A superlotação da Cidade Livre, Hoje o Núcleo Bandeirante, que não podia receber mais migrantes, mesmo tendo sido motivados pelo próprio governo a deslocarem de suas cidades de origem, para a criação da Nova Capital do país; sentiam-se o dissabor de serem deixados pelos caminhoneiros às margens das estradas, principalmente no sentido Brasília-Goiânia, pois os mesmos tinham receio de serem repreendidos pela guarda rural, assim surgiram os grupos de pessoas morando em barracos construídos com restos de madeira velha, plásticos, papelão e embalagens de cimento.

2º - Para se criar o Lago Paranoá, havia a necessidade de transferir os candangos que trabalhavam na construção de Brasília e residiam na Vila Amauri, para um outro lugar. Na contingência de se mudarem, muitos vieram para esta região.

A cidade de Taguatinga foi a primeira oficialmente criada com o propósito de pro fim aos aglomerados humanos denominados “invasões” que estavam sendo formados na área urbana de Brasília. O traçado da cidade tinha sido previsto por Lúcio Costa anteriormente como cidade-dormitório para 25.000 habitantes e deveria nascer dez anos após a criação de Brasília.

Fonte: http://www.taguatinga.df.gov.br/005/00502001.asp?ttCD_CHAVE=6713
http://e-groups.unb.br/ics/sol/itinerancias/bsb/historico/c_satelites.pdf

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