POSTADO POR HERANÇA CANDANGA ON SÁBADO, 14 DE NOVEMBRO DE 2009
O projeto de criação de uma nova Capital, inovadora em todos os aspectos foi impecável, para o esperado, no entanto, Lúcio Costa não foi tão futurista quanto sua criação, ele não previu o inesperado: um enorme contingente de pessoas literalmente sem-teto.
Só havia duas opções para dizimar a praga das favelas que surgiram no período da construção de Brasília: ou o Governo expulsava a força as pessoas que se aglomeravam em favelas, aqui e ali, ou adotava medidas para acomodar de forma adequada e humanitária essas pessoas.
A princípio, a doação de terrenos ocorreu para remover pelo menos 60 favelas que ocupavam todos os cantos do Plano Piloto, das proximidades do Palácio do Planalto às margens de rodovias. Mas a distribuição de terrenos acabou atraindo outros migrantes, que começaram a formar novas favelas ou reocupar as antigas. Mais tarde, eles também receberam seus lotes.
Os loteamentos concedidos pelo governo, assim como as favelas que se organizavam em torno destes, tornaram-se um problema ainda maior com a inauguração de Brasília. Os pioneiros de Brasília demonstravam abertamente que não iriam abandonar suas casas, apesar de não terem empregos com o término das obras, os candangos nutriam sentimentos de esperança de uma vida melhor na nova Capital.
O “jeitinho” encontrado foi transformar os acampamentos de operários em cidades, logo, surgiram as Cidades Satélites, fruto da urgência imposta pelas invasões e da negligência do poder público.
Fonte: www.unb.br/ics/sol/itinerancias/bsb/urbanistico/concepcao.pdf
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